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Bitcoin cai para US$ 118 mil; analistas apontam possível alta

O preço do Bitcoin (BTC) na manhã de terça-feira, dia 12 de agosto de 2025, está em R$ 646.429,91. Os touros não conseguiram manter o preço do BTC acima de US$ 120 mil, e com isso, os ursos derrubaram o valor em mais de 2%, recuando para US$ 118 mil.

Bitcoin: Análise Macroeconômica

A valorização do Bitcoin reflete um amadurecimento do mercado. Matheus Medeiros, da Futokens, diz que a combinação de fatores técnicos, institucionais e comportamentais está moldando o cenário cripto. Com a entrada de capital por meio de ETFs e a escassez crescente após o halving, a dinâmica de oferta e demanda do Bitcoin se transforma.

Além disso, André Franco, da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos estão em alta após Donald Trump anunciar a extensão da trégua tarifária entre os Estados Unidos e a China por mais 90 dias. Embora isso não resolva todas as tensões, amigáveis pressões no mercado estão contribuindo para um bom humor global.

O ouro teve uma leve queda após o anúncio de que certos metais não seriam taxados, enquanto o petróleo se manteve estável. Franco também destaca que a manutenção da trégua tarifária diminui o risco macroeconômico imediato e que a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve em 2025 pode aumentar a liquidez global e o interesse em ativos de risco.

Analistas da Bitunix projetam que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de julho deve apresentar uma variação de +0,2% no mês e 2,8% no ano. Esse dado, por sinal, pode causar reações no mercado de ações e outros ativos de risco, independentemente de ser considerado positivo ou negativo.

Tendência de Alta, mas com Atenção às Correções

Sarah Uska, da Bitybank, observou um começo de semana otimista. O Índice de Medo e Ganância mostrou 62 pontos, o que indica mais apetite por risco do que na semana anterior. O Bitcoin acumula uma alta de 5,9% nos últimos sete dias e ultrapassou a faixa dos US$ 121 mil.

Uska também nota que os investidores aguardam possíveis cortes de juros nos EUA a partir de setembro. A decisão de Trump de permitir que fundos 401(k) invistam em criptomoedas pode trazer novos fluxos institucionais. Além disso, a nomeação de um economista favorável ao Bitcoin para o Fed reforça a expectativa de uma política monetária mais favorável ao criptoativo.

A Universidade de Harvard investiu US$ 116 milhões no ETF de Bitcoin da BlackRock, o que também ajuda a legitimar o ativo entre investidores institucionais. No setor regulatório, a resolução do litígio entre a SEC e a Ripple trouxe clareza e fez com que o XRP se valorizasse.

Para os próximos dias, é importante acompanhar o fluxo de capital institucional e as reações do mercado às novas informações econômicas que possam surgir. Apesar do perfil comprador, a elevada ganância pede um toque de cautela para evitar surpresas negativas.

Análise Técnica do Bitcoin

De acordo com a Bitunix, a faixa entre US$ 120 mil e US$ 123 mil é uma resistência forte, com intensa pressão de venda. Suportes secundários estão nas faixas de US$ 116 mil e US$ 112 mil. Sem um volume significativo, uma alta pode encontrar resistência e recuar.

Se os dados econômicos forem mais favoráveis, isso pode impulsionar o Bitcoin. Por outro lado, se os números forem decepcionantes, especialmente se o BTC não conseguir manter-se acima de US$ 117 mil, poderemos ver uma correção mais acentuada.

Israel Buzaym, da Bybit, complementa que a resistência crítica se mantém nessa zona dos US$ 120 mil a US$ 123 mil. Um rompimento forte nessa faixa pode levar o preço até US$ 133 mil ou US$ 140 mil ainda em agosto. Mas, se houver rejeição nesse nível, há risco de queda para US$ 113 mil ou até US$ 110 mil se o cenário macroeconômico piorar.

Em relação às altcoins, o panorama se mostra hesitante. O Ethereum, negociado entre US$ 4.200 e US$ 4.350, precisa romper os US$ 4.000 de forma consistente para iniciar um ciclo de valorização sólido. Solana está com movimento menos expressivo, sem novidades relevantes a curto prazo.

Para Onde Vai o Preço do Bitcoin Agora

Ana de Mattos, analista da Ripio, observa que, apesar da queda para US$ 118 mil, a força compradora permanece. Isso sugere que o Bitcoin pode continuar sua trajetória de alta até os US$ 125.000 e US$ 130.000. Contudo, para que isso aconteça, é necessário romper a máxima histórica com força.

Os suportes de curto e médio prazo estão em US$ 118.900 e US$ 114.300.

Seguindo essa linha, Paulo Aragão, do podcast Giro Bitcoin, também ressalta que o Bitcoin e o ouro vêm apresentando bons retornos ajustados ao risco, sendo os que mais se destacam no momento. Um bom momento para quem busca segurança e crescimento nos investimentos.

Mike Ermolaev, da Outset PR, aponta que, desde fevereiro de 2024, o fluxo nas exchanges centralizadas tem superado a oferta na maioria dos dias, o que reforça a demanda por Bitcoin.

Portanto, atualmente, o preço do Bitcoin é de R$ 660.132,72. Com esse valor, R$ 1.000 compram 0,0014 BTC e R$ 1 adquire 0,0000014 BTC.

As criptomoedas com maior alta em 11 de agosto de 2025 são Lido Dao (LDO), Ethena (ENA) e Cronos (CRO). Já as que enfrentam maiores quedas são Trump Official (TRUMP), Bittensor (TAO) e SPX6900 (SPX).

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital usada e distribuída eletronicamente, funcionando em uma rede descentralizada peer-to-peer, sem o controle de nenhuma autoridade. Sua quantidade é limitada a apenas 21 milhões, e foi criado em 2009 por um programador ou grupo anônimo conhecido como Satoshi Nakamoto.

Ainda existe um mistério sobre a identidade de Nakamoto, que afirmou ser um homem japonês de 37 anos. A questão é provocativa, já que seu inglês impecável e o desenvolvimento do software em outras línguas geram dúvidas sobre essa afirmação.

A principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos, bancos e instituições financeiras. As transações são transparentes e registradas em um livro-razão público chamado Blockchain, onde qualquer tentativa de fraude é facilmente detectada.

Se alguém tentar modificar uma única informação em uma transação, isso afetará todos os blocos subsequentes, garantindo a integridade da rede. Cada transação é verificada e leva cerca de 10 minutos para ser concluída, dependendo da plataforma utilizada.

As transações são protegidas por assinaturas digitais, permitindo que os usuários mantenham controle total sobre suas finanças.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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